quarta-feira, 15 de junho de 2016

Como usar o pretérito no modo indicativo?

Compreender os tempos verbais nem sempre é claro, mas chega de confusão.  Chegou a hora de entender com a dica da Escola Kids.

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Uso do pretérito mais-que-perfeito - Escola Kids

Assim que iniciamos as primeiras séries do Ensino Fundamental, entramos em contato com a leitura e com a escrita, adquirimos nossos primeiros conhecimentos e, quando já temos alguma intimidade com as letras, somos apresentados aos verbos e aos seus tempos verbais.
Todos nós aprendemos que os verbos são conjugados nos seguintes tempos verbais: passado, presente e futuro. Aprendemos ainda que os verbos, quando conjugados no pretérito, podem estar no pretérito imperfeito, pretérito perfeito e pretérito mais-que-perfeito. Essas divisões do tempo pretérito costumam gerar dúvidas, pois nem sempre sabemos classificar os verbos adequadamente. Então, vamos à explicação.
Primeira pergunta: Por que o pretérito mais-que-perfeito tem esse nome? Seria porque ele é mais perfeito do que os outros? A resposta é não. O pretérito mais-que-perfeito é mais-que-perfeito porque indica uma ação do passado que aconteceu antes do pretérito perfeito. No pretérito perfeito, a ação acontece em um momento determinado do passado. Observe os exemplos:
A bola entrou quando o árbitro apitou. (pretérito perfeito)
Quando o árbitro apitou, a bola já entrara. (pretérito mais-que-perfeito = a bola já havia entrado).
Quando a professora começou a explicação, Ana chegou. (pretérito perfeito)
Quando Ana chegou, a professora já começara a explicação. (pretérito mais-que-perfeito = já havia começado).
O pretérito perfeito indica um momento determinado do passado: “... o árbitro apitou”.
O pretérito mais-que-perfeito indica um momento antes do pretérito perfeito: “... a bola já entrara.”
Observe um exemplo do uso do pretérito mais-que-perfeito na letra da música “Super-Homem – A canção”:
... quem dera, pudesse todo homem compreender 
Oh! Mãe, quem dera...
Minha porção mulher que até então se resguardara...
Resguardara, verbo retirado da letra da canção, pode ser substituído pela locução verbal “havia se resguardado”, e geralmente é o que fazemos na fala e na escrita. Você já observou que evitamos usar o pretérito mais-que-perfeito? Quando queremos nos referir a um tempo anterior ao pretérito perfeito, preferimos utilizar uma locução verbal correspondente e isso acontece porque ficamos em dúvida sobre como conjugar o verbo adequadamente. O uso do pretérito mais-que-perfeito costuma ficar restrito a textos formais, podemos frequentemente encontrá-lo também na linguagem literária. Espero que você tenha aprendido mais sobre esse tempo verbal tão peculiar!

Por Luana Castro
Graduada em Letras

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